domingo, 5 de outubro de 2014

As Possíveis Origens de Roma

Raízes Históricas

De acordo com historiadores e arqueólogos, a península itálica era habitada por italiotas que estavam divididos em algumas tribos. Entre as principais tribos estão: os oscos, os latinos (que habitavam a região do Lácio) e os samnitas. Além desse povo citado, os gregos (que habitavam a Magna Grécia) também ocuparam territórios na península. Outro povo pode ser citado como importante para a fundação de Roma: Os etruscos (possuíam terras ao norte e algumas aldeias na região central da península).
Temendo uma possível expansão dos etruscos, os italiotas uniram as tribos e construíram uma fortaleza próxima as margens do rio Tibre, no monte Palatino. Assim, ocorreu a fundação da aldeia Palatina em 753 a. C.
Pouco adiantou a união das tribos, pois os etruscos invadiram as fortalezas e unificaram todas as aldeias, assim, deu-se o início a cidade-estado que viria a ser chamar Roma.

Raízes Mitológicas

A versão mitológica tem a sua origem grega e sua complementação é romana. O início da lenda diz que, Eneias (herói troiano) após a destruição de Tróia conseguiu fugir, partindo mundo a fora, abandonando suas riquezas. Mas, ficou encarregado de levar as estátuas de deuses familiares e deuses protetores da cidade destruída.
Em busca de um novo local para fundar um novo reino, carregou seu pai nos ombros e junto com seus companheiros foi protegido pelos deuses que lhes guardavam um futuro grandioso. Após longa viagem, chegam à península itálica.
Eneias desposa a filha do rei latino e funda uma cidade: Lavínio. Anos mais tarde, seu filho, Ascânio, funda o reino de Alba Longa.
A segunda parte da lenda (que é a mais difundida na história provém dos próprios romanos. Essa parte da lenda fala sobre os gêmeos Rômulo e Remo.
Segundo a lenda Alba Longa era governada pelo rei Númitor. O rei tinha um irmão que o invejava, seu nome era Amúlio. Certo dia, Amúlio toma o poder do rei Númitor e torna-se o soberano de Alba Longa. Sendo assim, não queria ver o seu poder ameaçado e ordenou que sua sobrinha Réia Silvia (filha de Númitor) fosse à sacerdotisa e guardiã do fogo sagrado de Alba Longa, pois assim, não poderia casar e não poderia gerar descendentes diretos para ocupar o trono.
Mesmo assim, Réia acaba engravidando do deus Marte. A jovem dá a luz a os gêmeos, Rômulo e Remo.
Amúlio descobre a existência dos sobrinhos de Númitor e os joga dentro de um cesto no rio Tibre. A correnteza rejeita o assassinato dos gêmeos e o cesto flutua contra ela até as margens do rio. Lá, Rômulo e Remo são encontrados por um pastor que os vê sendo alimentado por uma loba (esse animal teria sido enviado pelo deus Marte). O pastor os recolhe e os cria como se fossem seus próprios filhos.

Escultura de bronze representando a loba alimentando os gêmeos.
Anos mais tarde, os gêmeos descobrem sua verdadeira origem, voltam ao reino de Alba Longa e tiram Amúlio do poder, devolvendo o trono para o seu avô, Numitor.

Depois disso, os gêmeos partem e fundam um novo reino no local onde foram recolhidos pelo pastor. Foi este reino que ficou conhecido por Roma, e Rômulo foi o primeiro rei dessa cidade-estado.

Fontes:

LOPES, Eliana da Cunha. O mito como símbolo da fundação de Roma segundo o III livro dos Fastos de Ovídio. FGS-RJ, Rio de Janeiro.

Antiguidade Clássica. Disponível em: www.sohistoria.com.br


Por: Lúcio Nunes

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