sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Sociedade em Roma

A sociedade romana possuía duas grandes divisões visíveis ao longo de toda a sua História: a primeira seria entre “cidadãos” e “não-cidadãos”. Já a segunda, é classificada entre os “livres” (de nascimento ou ex-escravos) e “não-livres” (escravos).
Apesar dessa “grande divisão”, a sociedade romana permitia certa mobilidade (ascensão social), onde, por exemplo, um escravo poderia deixar essa situação e possuir posses e até mesmo se tornar um dono de escravo.
Os cidadãos (como veremos adiante) poderiam desempenhar funções militares, públicas, e religiosas. Os não-cidadãos, não tinham essas possibilidades.
As mulheres não eram consideradas cidadãs, porém, eram ativas na vida pública (escreviam poemas, participavam na campanha a cargos públicos) e na vida doméstica (o cotidiano do lar).
Dentro das divisões citadas no início do texto, existiam agrupamentos, ordens ou os chamados grupos sociais. Os principais grupos em Roma eram: os Patrícios, os Clientes, os Plebeus e os Escravos.
Os Patrícios (ou nobres) eram os cidadãos romanos de fato, pois, julgavam-se serem descendentes diretos dos criadores de Roma. Tinham direito de vida e morte sobre os membros de sua gens (família), eram grandes proprietários de terras (mas não praticavam o comércio como os Clientes), exerciam os mais altos cargos no exército, na política, na religião e na legislação de Roma. Detinham muita riqueza e um grande número de escravos. Os Patrícios figuravam o topo da pirâmide social de Roma.

Pirâmide social romana.

Os Plebeus eram homens livres. Poderiam ter propriedades, pagavam tributos (altos impostos que deixavam os plebeus ameaçados pela escravidão), eram recrutados para o exército romano, inicialmente não poderiam desempenhar funções públicas e não eram considerados cidadãos, mas, súditos de Roma (isso ocorreu no período monárquico, posteriormente, após séculos de protestos, conseguiram aumentar seus direitos, tornando-se cidadãos). Dedicavam-se ao artesanato, comércio, trabalhos agrícolas. Apesar da conotação de pobreza, existiam plebeus com certa riqueza.
Os Clientes também eram homens livres. Diferentemente dos Plebeus, os Clientes mantinham relações diretas com os Patrícios: apoiavam os Patrícios enquanto classe dominante. Serviam o exército no lugar dos Patrícios e também prestavam serviços pessoais. Geralmente, essa atitude dos Clientes era apoiada por interesses próprios ou por possíveis favorecimentos (materiais, econômicos, judiciais, políticos, entre outros) que recebiam de seus padrinhos (os Patrícios).
Os Escravos eram tratados como propriedades. O número de escravos no período monárquico era baixo, contudo, com a expansão territorial de Roma, houve um aumento considerável (prisioneiros de guerra). Além disso, como já citado, Plebeus acabavam por serem escravos quando não conseguiam saldar as dívidas (de impostos) com o estado romano ou com algum indivíduo abastado. Trabalhavam em serviços domésticos, artesãos, secretários, professores, músicos, entre outras funções.

Fontes:

FUNARI. Pedro Paulo. Grécia e Roma: A sociedade romana. São Paulo: contexto. 2002, p. 93 – 97.

http://historiandonanet07.files.wordpress.com/2011/04/roma03.jpg

Por: Lúcio Nunes

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