sábado, 29 de novembro de 2014

Bolaños: o homem que virou lenda

Quem me conhece sabe que, o blog que criei junto com minha irmã, serve para postar histórias de diversas épocas, diversos contextos, diversas paixões.
Hoje, quando abri o jornal, não senti vontade de lê-lo. Quando entrei nas redes sociais, tive vontade de sair imediatamente de lá. Liguei o vídeo game, mas, a graça de jogar estava fora do ar também. Fui concluir o relatório de estágio, porém, antes liguei a tv e acabei por cair em um episódio da turma do Chaves “Seu Madruga Professor”. Ao final desse episódio, o professor Linguiça (quero dizer, o professor Girafales) disse que “a base para construir um futuro melhor são as crianças”.
Seu Madruga, Kiko e Chaves.
Concordo plenamente com isso, e é por isso, que, quero seguir a profissão de professor.
Hoje, tudo está sem graça. Roberto Bolaños nos deixou para atuar em outros palcos. Esse é o motivo do meu desânimo pra tudo. Uma das nossas paixões na vida (minha e de minha irmã) é assistir aquele menino pobre, que atende pelo apelido carinhoso de Chavinho.
Perdi a conta de quantas vezes eu mandei uma mensagem para minha irmã dizendo: “Já chegou o disco voador!”
Posteriormente recebia a resposta: “CADÊ? ONDE ESTÁ? FALA LOGO, ANDA DIZ QUE SIM, VAI SIIIIIIIIIIMMMMMMM!”
Sabemos de cor e salteado a hora que o Seu Madruga vai apanhar, que o Kiko vai chorar ou que o Chaves vai tomar um cascudo, mas e daí? Eu dou risada até chorar ainda.
O menino pobre que pode ser visto em todos os cantos da América (e do mundo) foi retratado com maestria por Chespirito. E o que falar de um super herói fora dos padrões de coragem de Hollywood que sempre enfrentava as situações do cotidiano com sua astúcia?
Escrevo essas linhas tortas (e por vezes mal acentuadas), pois, aqui nesse blog, utilizamos algumas referências trabalhadas por Bolaños em seus episódios com panos de fundo históricos na série do Chapolin Colorado.
Chespirito não era “apenas” quem interpretava o Chaves ou o Chapolin, ele era o criador da maioria dos personagens das séries.
Episódio da Branca de Neve e os  7 anões.
Como esquecer o Riacho Molhado, o Tripa Seca, o Chinesinho, a Rosa Rumorosa, o menino que jogava brinquedos na rua para ganhar brinquedos novos, o Poucas Trancas, o pirata Alma Negra, o Jaiminho carteiro ou o Godinez? São tantos!
Vendo as criações de Bolaños aprendi que algumas pessoas “se aproveitam da nobreza” e da bondade de outras (mas, não misture-se com essa gentalha). Contudo, palma, palma, palma, não priemos canico, pois, as pedras que caem do céu não são pedras são AÉROLITOS!
Se nos escapam palavras para definir o que sentimos nesse momento, basta dizer: tchurin tchurin tchun fly.
A tristeza de todos os fãs da série que Bolaños liderava é propagada com mais intensidade, pois, ele fez parte da infância de muitissíssíssíssíssímaaaaas crianças, ainda faz, e por muitas gerações fará.
Mas o que importa? (COMA TORTA!). Bem, para os que são ligadas as pequenas coisas da vida, a partida de Bolaños importa sim.
É isso que o Chaves passa para o público: a felicidade está nas pequenas coisas. Apesar de todas as dificuldades, o Chaves é otimista, e é feliz (mesmo que com pouco e zás, e zás, e zás).
É muita barriga senhor tristeza (digo, muita tristeza senhor Barriga E Pesado), mas, essa pancada não doeu apenas no senhor.
Termino esse breve texto com as palavras ditas por Bolaños quando o Canal Bio fez sua biografia:
Eu que ia chegando tranquilo ao final da minha vida terrena, comecei a duvidar: será que não há um refúgio para a alma? Que morrer é deixar de existir? Será que a existência não tem a transcendência que me fizeram acreditar? Não, isso não. Por favor, eu com meu livre arbítrio me atrevo a dizer: Deus deve haver um erro e me perdoe Senhor se com isso te incomodo, entretanto, de algum jeito preciso falar: não me venha falar que aqui acaba tudo. (BOLAÑOS, 2012)

O homem não é eterno, mas, produz histórias eternas. Vai em paz, Gênio! ‪#‎IssoIssoIsso

Fontes:





Por: Lúcio Nunes