sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Vida Cotidiana em Roma


 Os romanos costumavam; acordar com o raiar do dia. As lojas em Roma abriam cedo e as crianças costumavam comprar pães ou bolinhos na ida para a escola. Às oito horas, abriam-se os bancos e as repartições públicas. Na praça central, ou fórum, localizavam-se as lojas, repartições e outros negócios, o que dava um aspecto movimentado e barulhento ao lugar. O trabalho ia até o meio-dia, quando tudo fechava para o almoço e, no verão, dormia-se um pouco, fazendo-se uma sesta. O almoço era uma refeição leve: pão, azeitonas, queijo, nozes, figos secos e algo para beber. Havia quem levasse uma marmita e comesse seu almoço na rua, ou assistindo a uma luta de gladiadores no anfiteatro.
Tudo reabria depois do almoço e à tarde, ia-se tomar banho nas termas públicas, edifícios elaborados onde se podia banhar de graça em banheiras de água fria e quente. Em muitas termas havia salas de ginástica , passeios a sombra de árvores, salões, que podiam ser usados mediante pagamento. Em geral, primeiro banhavam-se as pessoas de posses, entre as duas e as quatro da tarde. Após o expediente, vinham banhar-se os mais humildes. Esses banhos, não esqueça, não eram como as nossas duchas, eram banhos em água fria e quente, em banheiras coletivas. À noite, havia a principal refeição do dia, a ceia. Os pobres contentavam-se com pão, vegetais e vinho de segunda. Os que podiam tinham longas ceias, que duravam várias horas e que tinham três pratos: uma entrada, o prato principal, com algum tipo de carne, e a sobremesa, frutas frescas ou doces.
A vida na cidade era movimentada, o burburinho das ruas era sentido por todos. Os romanos adotaram o sistema de cidades planejadas em tabuleiro tanto por influência grega como, principalmente, por direta transposição dos esquemas dos acampamentos militares. Diversas cidades conservam até hoje o traçado das ruas estabelecido pelos romanos, ao menos em sua área central).


A cidade planejada contava com duas avenidas principais, que se cruzavam de norte a sul (cardo) e de leste a oeste (decumanus). A partir delas, seguiam-se ruas paralelas. Havia os principais edifícios públicos, que organizavam o espaço urbano: fórum (mercado), basílica (edifício administrativo), um ou mais templos, termas (banhos públicos), latrinas, teatros. As aulas eram, muitas vezes, dadas aos alunos em um dos cômodos do fórum. Por toda a cidade, espalhavam-se lojas, como padarias e bares. Na periferia, localizavam-se o anfiteatro, para as diversões, locais de treinamento físico, hortas e, às vezes, depósitos de lixo. A cidade era cercada por uma muralha e a entrada restringia-se a grandes portas. As paredes das cidades estavam sempre cobertas com cartazes eleitorais, pedindo  voto para os candidatos aos diversos cargos municipais.
A cidade era dos vivos e, por isso, os mortos eram enterrados, ou suas cinzas depositadas, em monumentos funerários além-muros.
As cidades estavam ligadas entre si por uma rede de estradas enorme. As estradas eram utilizadas principalmente para a movimentação de tropas militares e do correio.


A música no cotidiano romano

Os romanos apropriaram-se da música grega, especialmente após conquistar a região da Magna Grécia e esta se tornarem uma província romana.
Provavelmente, a cultura grega substituiu (ou misturou-se) a cultura dos etruscos (tribo que habitava a península itálica antes da formação cidade de Roma).
Entre os instrumentos da cultura romana destacam-se: a fístula (uma espécie de flauta), a tuba (trombeta), a cítara, a buzina (trombeta circular em forma de “G”), entre outros instrumentos de sopro e percussão (como o tambor).
Esses instrumentos eram utilizados para cerimônias religiosas, estatais e militares. Sabendo disso, podemos perceber que, a música fazia parte da vida e das manifestações públicas em Roma.

A música entre os imperadores

Nero tocando sua lira durante o famoso incêndio em Roma.

Nero foi o primeiro imperador a se interessar pela música. Estudou com um dos melhores músicos da época (Terpo) e venceu diversos concursos (competindo inclusive com diversos reis). Depois de Nero, todos os imperadores romanos foram músicos, cantores ou dançarinos. 
Os romanos inventaram apenas um instrumento musical: a cornamusa (uma gaita rústica).

Fontes:

http://4.bp.blogspot.com/mqQBwKPMXIY/UClL8GHIW8I/AAAAAAAAOSU/XB4-vN74_3s/s1600/1_pompeia_cotidiano.jpg

http://2.bp.blogspot.com/-1pD28eCCf8I/Ux8DzfIhaI/AAAAAAAAncw/lyfsVrNfB2M/s1600/nero.jpg

FUNARI. Pedro Paulo. Grécia e Roma: A vida Cotidiana. São Paulo: contexto. 2002, p. 108 – 111.


LOBO. Luiz. A música em Roma – www.wooz.org.br/musicamerom.htm

Por: Lúcio Nunes

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