sábado, 15 de abril de 2017

A Importância da Imagem Dentro do Ensino de História (Parte 2)


Hoje em dia não se faz necessário realizar um passeio com os alunos à França para visitar o museu de Paris ou ir ao Egito para visitar o museu do Cairo. Bastam acessar um site e ver todas as imagens pela tela do computador, da sala de vídeo da própria escola. Os alunos terão acesso às mesmas imagens que estão expostas nos museus referidos. A internet se bem utilizada é uma ferramenta importantíssima para auxiliar a compreensão do aluno.
Outro ponto que muitas vezes passa por despercebido são as imagens em movimento. Em diversas oportunidades o aluno utiliza filmes para a produção de trabalhos, instigados na maioria das vezes pelo próprio professor. Em grande parte, o professor solicita resumos dos filmes, aspectos referentes ao conteúdo que está passando em sala de aula, ainda lança questões para serem respondidas com a observação desse filme ou na avaliação final dos conteúdos poderá fazer referências a esse filme.
Imagem do filme "Fuga das Galinhas".
Dentro dessa proposta o mesmo aluno desenvolve o trabalho referido e poderá memorizar o filme em movimento e também com imagens fixas como uma fotografia. Uma possibilidade existente é o trabalho com imagens em Stop Motion (movimento parado, ou técnica de quadro a quadro, sendo utilizada por máquinas fotográficas ou ainda em matérias-primas como massinha de modelar como no filme Fuga das Galinhas).
Em relação ao cinema ele é um importante recurso didático no ensino de História, pois, ele faz uma reprodução do acontecimento passado (claro que sobre a ótica de quem escreveu o filme, ou documentário e de quem o produziu) e possibilita que o aluno tenha uma melhor assimilação para a construção do conhecimento histórico e de uma consciência histórica.
Entre os fatores que levam o professor a preferir utilizar essa ferramenta encontra-se a acessibilidade para passar esses filmes e pela própria atração da produção (o cenário, os atores, os figurinos, a linguagem).
Ainda não há uma ampla discussão sobre o cinema como metodologia nas aulas de história, mas, ele é muito utilizado tanto no ensino fundamental e médio, quanto no âmbito acadêmico.
A história se modifica com o tempo, e com o tempo abarca novos objetos de estudo, novas ferramentas de ensino, novos métodos de aplicação de conteúdo. O cinema por sua vez, vem ganhando cada vez mais espaço nesses aspectos.
Quando falo em imagens em movimento, refiro-me a diversas ferramentas existentes, o cinema é sempre um agradável enlace com a história, mas surge uma nova possibilidade muito atrativa que se utilizada da maneira correta poderá dar pé: os jogos virtuais.
Particularmente apenas na minha formação como professor que fui apresentado ao tema e isso me deixou profundamente balançado, pois também sou jogador, principalmente de jogos sobre a Segunda Guerra Mundial. A imagem propagada por um jogo de videogame ou de computador é totalmente diferente da imagem televisiva ou de uma imagem cinematográfica, ela não espera um envio de informações, mas sim, convida o jogador a ser o transmissor dessas informações e consumir as mesmas ao mesmo tempo. 
Manon, a protagonista em Medal Of Honor Underground.
Em linhas gerais a história do jogo é inventada, não tendo assim um compromisso com uma veracidade em relação aos fatos históricos. Tal como nos filmes as narrativas dos jogos, as tramas funcionam através das intencionalidades dos seus produtores. O que posso citar como exemplo próprio é que a intencionalidade do jogo em certas ocasiões é proporcionar interesse pelo tema jogado (no meu caso pela Segunda Guerra Mundial), podendo futuramente intervir em algum trabalho ou utilizá-lo como temática de trabalho (como estou propondo). Lembro-me que joguei pela primeira vez o jogo Medal Of Honor Underground em janeiro de 2001 e fiquei atônito para poder comprá-lo. Quem diria que dezesseis anos depois essa série seria objeto de meu estudo.
Em breve trataremos da parte 3, abraço a todos.

Referências das Imagens:




Por Lúcio Nunes.