sábado, 25 de janeiro de 2014

Contos e Lendas: As Serias


Sereia é um ser mitológico, parte mulher, parte peixe. Segundo os mitos, sereias seriam filhas Do rio Achelous e da musa Terpsícore, junto com as Harpias, habitavam os rochedos entre a ilha de Carpi e a costa da Itália. Lindas, sedutoras, com uma voz doce e encantadora atraíam os tripulantes dos navios que passavam por ali para que esses colidissem com os rochedos e afundassem.
Há muitos mitos na Grécia Antiga sobre sereias. Alguns dizem que elas seriam mulheres que ofenderam a Deusa Afrodite (deusa da beleza) e como castigo foram viver em um ilha isolada. Em outros, conta-se que elas eram ex-companheiras de Perséfone, filha de Zeus e Deméter, que foi raptada por Hades, Deus dos Infernos. Segundo a lenda, as sereias devem sua aparência a Deméter que as castigou por terem sido negligentes ao cuidarem de sua filha.
Na Odisseia de Homero, Ulisses exausto depois de tantos anos tentando retornar à Ítaca, precisa atravessar a região onde ficavam as sereias. Graças aos conselhos da feiticeira Circe, Ulisses instrui sua tripulação para que o amarrem com força junto ao mastro de seu barco enquanto seus marinheiros deveriam fechar os ouvidos com cera. Dessa maneira Ulisses passa incólume e por fim volta para casa.

A Lenda no Brasil

No Brasil, a lenda conta que a linda sereia fica nos rios do norte do país, onde costuma viver. Nas pedras das encostas, costuma atrair os homens com seu belo e irresistível canto. As vítimas costumam seguir Iara até o fundo dos rios, local de onde nunca mais voltam. Os poucos que conseguem voltar acabam ficando loucos em função dos encantamentos da sereia. Neste caso, conta a lenda, somente um ritual realizado por um pajé (chefe religioso indígena, curandeiro) pode livrar o homem do feitiço.
Camara Cascudo faz referência a sereias africanas como a Kianda, dos kimbundos e a Kiximbi, dos mbakas (Cascudo,L.C.,1948), mas é no Brasil que Iemanjá será identificada como Sereia, provavelmente por influência das lendas indígenas sobre a Iara. Existem muitas versões do mito de Iemanjá e as variações no culto se devem aos diferentes grupos étnicos de negros trazidos ao Brasil como escravos e aos modos de aculturação. O sincretismo com o cristianismo acabou por associar Iemanjá e a Virgem Maria nas figuras de NS da Conceição, NS das Candeias e NS dos Navegantes, principalmente nos estados da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Nas procissões Iemanjá é representada por uma linda sereia toda colorida e cuidadosamente adornada.
Segundo a lenda, o único jeito de derrotar uma sereia ao cantar seria cantar melhor do que ela.



Fontes de Pesquisa:

http://seres-misticos.blogspot.com.br/

http://sobrenaturalmentelindo.blogspot.com.br/2009/12/sereias-sereia-e-um-ser-mitologico.html


Por: Fernanda Nunes

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