sábado, 16 de novembro de 2013

A Burguesia No Processo Revolucionário Francês (Parte 5)


 O Diretório (1795-1799) foi de certa maneira uma contrarrevolução (e a última fase da Revolução). Os Girondinos (alta burguesia) assumiram o poder e modificaram as ações dos jacobinos. Restabeleceram a escravidão, modificaram a medida de tabelamento dos preços e elaboraram uma nova constituição (elegendo um diretório para executar o poder executivo formado por cinco pessoas e modificado a cada cinco anos). Houve uma perseguição aos jacobinos, denominado Terror Branco. Mas, apesar de tomarem o poder, os girondinos encontravam forte oposição pelos próprios jacobinos e pelos monarquistas. Nesse período a França encontrava-se em guerra (contra a Espanha, a Prússia, a Inglaterra) e destacava-se certo general que atendia pelo nome de Napoleão Bonaparte. Com as guerras a França sofria uma grande inflação consequentemente haviam revoltas populares devido a crise econômica. Pelo que já foi citado percebe-se a grande instabilidade política que sofria o governo do Diretório. A burguesia viu na figura de Napoleão (que era muito prestigiado pelo povo) a saída perfeita para realizar a sua manutenção no poder. Napoleão realiza o golpe que ficou conhecido como 18 Brumário depondo o Diretório, chegavam ao fim a Revolução Francesa e consolidava-se o poder político e econômico nas mãos burguesas.

Conclusão:


Em vista dos pontos destacados no texto procurei apontar o caminho trilhado pela burguesia para chegar o poder na França. Vimos alguns aspectos relevantes no período pré Revolução incluindo as divergências entre a burguesia e o Estado Absolutista que resultou em uma total aversão entre a burguesia e a monarquia. O modelo ideológico criado para tentar modificar radicalmente a sociedade. Durante a Revolução a Francesa houve particularidades que jamais ocorreu em outro movimento até então. Iniciou-se uma espécie de nacionalismo primitivo, o poder foi desde o extremo radicalismo até mesmo ao caráter contrarrevolucionário. Napoleão foi a saída para a burguesia não perder o controle da situação.  A Revolução triunfou e não pelo fato em si de ter derrubado as paredes da monarquia absolutista e varrido qualquer resquício de sociedade feudal ainda incrustado na sociedade francesa, mas também, por servir de modelo para o mundo que, sim, se houver mobilização em torno de uma causa é possível realizar uma Revolução. 

Fontes da Internet:


SAVIANI, Demerval. O Trabalho Como Princípio Educativo Frente As Novas Tecnologias. Faculdade: UNICAMP.


DE MELO, Vico Denis, DONATO, Manuella Riane. O Pensamento Iluminista e o Desencantamento do Mundo: Modernidade e Revolução Francesa como marco paradigmático. Revista Crítica Histórica, 2011, p. 248 – 263.



DALBOSCO, Claudio Almir. O Iluminismo Pedagógico de Rosseau. Universidade: UPF.


GONÇALVES, Bruno Tadeu Radtke, BERGARA, Paola Neves dos Santos. A Revolução Francesa e Seus Reflexos Nos Direitos Humanos. Faculdade: FIAETPP


MONLEVADE, Danilo. Revolução Francesa. Colégio Notre Dame de Lourdes.


DA ROSA, Ismael Valdevino, TABORDA, Luana do Rocio, DA SILVA, Peterson Roberto. As Transformações do Poder Político na Revolução Francesa. Universidade: UFSC. 2011.


LOWY, Michael. Revolução Burguesa e Revolução Permanente em Marx e Engels. CNRS, Paris, p. 129 – 151.


Fonte do Documentário (You Tube):


SHULTZ Doug, SIO Hilary, EMIL Thomas. The French Revolution. Produção: Partisan Pictures, History Television, Network Productions. AGE Television Network, 2005. Reprodução: History Channel

Fonte da Imagem:



Por: Lúcio Nunes

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