Raízes Históricas
De
acordo com historiadores e arqueólogos, a península
itálica era habitada por italiotas que estavam divididos em algumas tribos.
Entre as principais tribos estão: os oscos,
os latinos (que habitavam a região
do Lácio) e os samnitas. Além desse
povo citado, os gregos (que
habitavam a Magna Grécia) também ocuparam territórios na península. Outro povo
pode ser citado como importante para a fundação de Roma: Os etruscos (possuíam terras ao norte e
algumas aldeias na região central da península).
Temendo
uma possível expansão dos etruscos,
os italiotas uniram as tribos e construíram uma fortaleza próxima as margens do
rio Tibre, no monte Palatino. Assim, ocorreu a fundação da aldeia Palatina em
753 a. C.
Pouco
adiantou a união das tribos, pois os etruscos
invadiram as fortalezas e unificaram todas as aldeias, assim, deu-se o início a
cidade-estado que viria a ser chamar Roma.
Raízes Mitológicas
A
versão mitológica tem a sua origem grega e sua complementação é romana. O
início da lenda diz que, Eneias (herói
troiano) após a destruição de Tróia
conseguiu fugir, partindo mundo a fora, abandonando suas riquezas. Mas, ficou
encarregado de levar as estátuas de deuses familiares e deuses protetores da
cidade destruída.
Em
busca de um novo local para fundar um novo reino, carregou seu pai nos ombros e
junto com seus companheiros foi protegido pelos deuses que lhes guardavam um
futuro grandioso. Após longa viagem, chegam à península itálica.
Eneias desposa a filha do
rei latino e funda uma cidade: Lavínio. Anos mais tarde, seu filho, Ascânio, funda o reino de Alba Longa.
A
segunda parte da lenda (que é a mais difundida na história provém dos próprios
romanos. Essa parte da lenda fala sobre os gêmeos Rômulo e Remo.
Segundo
a lenda Alba Longa era governada pelo rei Númitor.
O rei tinha um irmão que o invejava, seu nome era Amúlio. Certo dia, Amúlio
toma o poder do rei Númitor e
torna-se o soberano de Alba Longa. Sendo assim, não queria ver o seu poder
ameaçado e ordenou que sua sobrinha Réia
Silvia (filha de Númitor) fosse
à sacerdotisa e guardiã do fogo sagrado de Alba Longa, pois assim, não poderia
casar e não poderia gerar descendentes diretos para ocupar o trono.
Mesmo
assim, Réia acaba engravidando do
deus Marte. A jovem dá a luz a os gêmeos, Rômulo
e Remo.
Amúlio descobre a existência
dos sobrinhos de Númitor e os joga
dentro de um cesto no rio Tibre. A
correnteza rejeita o assassinato dos gêmeos e o cesto flutua contra ela até as
margens do rio. Lá, Rômulo e Remo são encontrados por um pastor que
os vê sendo alimentado por uma loba
(esse animal teria sido enviado pelo deus
Marte). O pastor os recolhe e os cria como se fossem seus próprios filhos.
Escultura de bronze representando a loba alimentando os gêmeos. |
Anos
mais tarde, os gêmeos descobrem sua verdadeira origem, voltam ao reino de Alba
Longa e tiram Amúlio do poder,
devolvendo o trono para o seu avô, Numitor.
Depois
disso, os gêmeos partem e fundam um novo reino no local onde foram recolhidos
pelo pastor. Foi este reino que ficou conhecido por Roma, e Rômulo foi o
primeiro rei dessa cidade-estado.
Fontes:
LOPES,
Eliana da Cunha. O mito como símbolo da fundação de Roma segundo o III livro
dos Fastos de Ovídio. FGS-RJ, Rio de Janeiro.
Antiguidade
Clássica. Disponível em: www.sohistoria.com.br
Por: Lúcio Nunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.