Tudo reabria depois do almoço e à
tarde, ia-se tomar banho nas termas públicas, edifícios elaborados onde se
podia banhar de graça em banheiras de água fria e quente. Em muitas termas
havia salas de ginástica , passeios a sombra de árvores, salões, que podiam ser
usados mediante pagamento. Em geral, primeiro banhavam-se as pessoas de posses,
entre as duas e as quatro da tarde. Após o expediente, vinham banhar-se os mais
humildes. Esses banhos, não esqueça, não eram como as nossas duchas, eram
banhos em água fria e quente, em banheiras coletivas. À noite, havia a
principal refeição do dia, a ceia. Os pobres contentavam-se com pão, vegetais e
vinho de segunda. Os que podiam tinham longas ceias, que duravam várias horas e
que tinham três pratos: uma entrada, o prato principal, com algum tipo de
carne, e a sobremesa, frutas frescas ou doces.
A vida na cidade era movimentada, o
burburinho das ruas era sentido por todos. Os romanos adotaram o sistema de
cidades planejadas em tabuleiro tanto por influência grega como,
principalmente, por direta transposição dos esquemas dos acampamentos
militares. Diversas cidades conservam até hoje o traçado das ruas estabelecido
pelos romanos, ao menos em sua área central).
A cidade planejada contava com duas avenidas principais, que se
cruzavam de norte a sul (cardo) e de leste a oeste (decumanus). A partir delas,
seguiam-se ruas paralelas. Havia os principais edifícios públicos, que
organizavam o espaço urbano: fórum (mercado), basílica (edifício
administrativo), um ou mais templos, termas (banhos públicos), latrinas,
teatros. As aulas eram, muitas vezes, dadas aos alunos em um dos cômodos do
fórum. Por toda a cidade, espalhavam-se lojas, como padarias e bares. Na
periferia, localizavam-se o anfiteatro, para as diversões, locais de
treinamento físico, hortas e, às vezes, depósitos de lixo. A cidade era cercada
por uma muralha e a entrada restringia-se a grandes portas. As paredes das
cidades estavam sempre cobertas com cartazes eleitorais, pedindo voto
para os candidatos aos diversos cargos municipais.
A cidade era dos vivos e, por isso, os mortos eram enterrados, ou
suas cinzas depositadas, em monumentos funerários além-muros.
As cidades estavam ligadas entre si por uma rede de estradas
enorme. As estradas eram utilizadas principalmente para a movimentação de
tropas militares e do correio.
A
música no cotidiano romano
Os
romanos apropriaram-se da música grega, especialmente após conquistar a região
da Magna Grécia e esta se tornarem uma província romana.
Provavelmente,
a cultura grega substituiu (ou misturou-se) a cultura dos etruscos (tribo que
habitava a península itálica antes da formação cidade de Roma).
Entre
os instrumentos da cultura romana destacam-se: a fístula (uma espécie de
flauta), a tuba (trombeta), a cítara, a buzina (trombeta circular em forma de
“G”), entre outros instrumentos de sopro e percussão (como o tambor).
Esses
instrumentos eram utilizados para cerimônias religiosas, estatais e militares.
Sabendo disso, podemos perceber que, a música fazia parte da vida e das
manifestações públicas em Roma.
A
música entre os imperadores
Nero tocando sua lira durante o famoso incêndio em Roma. |
Nero
foi o primeiro imperador a se interessar pela música. Estudou com um dos
melhores músicos da época (Terpo)
e venceu diversos concursos (competindo inclusive com diversos reis). Depois de
Nero, todos os imperadores romanos foram músicos, cantores ou dançarinos.
Os
romanos inventaram apenas um instrumento musical: a cornamusa (uma gaita
rústica).
Fontes:
http://4.bp.blogspot.com/mqQBwKPMXIY/UClL8GHIW8I/AAAAAAAAOSU/XB4-vN74_3s/s1600/1_pompeia_cotidiano.jpg
http://2.bp.blogspot.com/-1pD28eCCf8I/Ux8DzfIhaI/AAAAAAAAncw/lyfsVrNfB2M/s1600/nero.jpg
FUNARI. Pedro Paulo. Grécia e Roma: A vida Cotidiana. São Paulo:
contexto. 2002, p. 108 – 111.
LOBO. Luiz. A música em Roma – www.wooz.org.br/musicamerom.htm
Por: Lúcio Nunes
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