A
partir de agora, iremos verificar como a classe burguesa agiu na sociedade
francesa. Vamos procurar focalizar mais precisamente no século XVIII. A França
detinha uma das mais antigas monarquias absolutistas do continente europeu. A
burguesia necessitava de reformas econômicas e políticas a seu favor para
conseguir perpetuar a expansão da própria classe, tendo em vista que os
privilégios eram dirigidos ao Clero e a Nobreza que eram sustentados pela monarquia
absolutista. Quando Turgot assumiu como primeiro-ministro (1774-1776) tentou
introduzir um programa que beneficiaria os interesses da classe burguesa. Entre
as propostas defendia o uso da terra com m
áxima eficácia, livre comércio, um
padrão administrativo nacionalmente coeso, igualdade social em prol do
desenvolvimento da França. Obviamente que a classe dominante do período iria
ser prejudicada com tais reformas, sendo assim, esse programa viria a ser
impraticável. O plano era incompatível com os propósitos da monarquia
absolutista déspota e com a aristocracia. A burguesia percebeu que uma reforma
em doses homeopáticas não seria possível e viu no poder monárquico seu
principal rival na luta de prosperar econômica e politicamente na sociedade
francesa e passou para uma construção de uma futura coesão social a confiança
de atingir seus objetivos.
Voltaire: Importante pensador iluminista |
Em
vista a situação a qual estava submetida, a burguesia, visando uma maior
participação política e consequentemente uma consolidação econômica, apoiou-se em
um movimento filosófico que ganhava força na Europa (principalmente na França)
que serviria de base para a Revolução Francesa, tal movimento era denominado
Iluminismo.
Fontes da Internet:
SAVIANI,
Demerval. O Trabalho Como Princípio
Educativo Frente As Novas Tecnologias. Faculdade: UNICAMP.
DE
MELO, Vico Denis, DONATO, Manuella Riane. O
Pensamento Iluminista e o Desencantamento do Mundo: Modernidade e Revolução
Francesa como marco paradigmático. Revista Crítica Histórica, 2011, p. 248
– 263.
DALBOSCO,
Claudio Almir. O Iluminismo Pedagógico
de Rosseau. Universidade: UPF.
GONÇALVES,
Bruno Tadeu Radtke, BERGARA, Paola Neves dos Santos. A Revolução Francesa e Seus Reflexos Nos Direitos Humanos. Faculdade:
FIAETPP
MONLEVADE,
Danilo. Revolução Francesa. Colégio
Notre Dame de Lourdes.
DA ROSA,
Ismael Valdevino, TABORDA, Luana do Rocio, DA SILVA, Peterson Roberto. As Transformações do Poder Político na
Revolução Francesa. Universidade: UFSC. 2011.
LOWY,
Michael. Revolução Burguesa e Revolução
Permanente em Marx e Engels. CNRS, Paris, p. 129 – 151.
Fonte
do documentário (You Tube):
SHULTZ Doug, SIO
Hilary, EMIL Thomas. The French Revolution. Produção: Partisan Pictures,
History Television, Network Productions. AGE Television Network,
2005. Reprodução: History Channel
Referências Bibliográficas:
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções: 1789 – 1848. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 97 – 131.
FLORENZANO, Modesto. As Revoluções Burguesas. São Paulo:
Brasiliense, 1991, p. 7-14.
GALLO, Max. A Revolução Francesa, volume I: o povo e o
rei (1774-1793) / Max Gallo; tradução de Júlia da Rosa Simões. – Porto Alegre:
L&PM, 2012, p. 158 - 159.
Por: Lúcio Nunes
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