Apresentaremos
uma série de cinco postagens aqui no blog sobre a participação burguesa no
processo revolucionário da França do século XVIII. Vamos então a primeira parte
dessa série.
O
presente texto propõe que o leitor siga por um dos caminhos que parte da
sociedade francesa utilizou para ajudar a substituir o seguimento político do
país, combatendo o regime monárquico, os gastos da nobreza, o clero e
conseqüentemente atingir o ápice com a Revolução Francesa.
Para
guiar a viagem pelo caminho que proponho é fundamental salientar uma questão:
Como a burguesia participou do processo revolucionário que culminou na sua
ascendência ao poder?
Creio
que essa análise é de suma importância, pois, sabe-se que a Revolução Francesa
foi uma revolução burguesa, contudo, geralmente o foco é dado para o “povo”
francês nesse processo. Talvez essa notoriedade dada ao povo francês venha
através do fato revolucionário e radical que este deu a todo o processo, porém,
é válido lembrar que para estabelecer um novo governo seria necessário deter um
plano político coerente, mas, acima de tudo um embasamento teórico e ideológico
forte. A Burguesia detinha tais prerrogativas e apenas precisava de um contexto
a seu favor para que conseguisse triunfar e isso ocorreu. Estudando (mesmo que
breve) essa classe (burguesa) podemos entender os motivos que fizeram com que a
mesma ascendesse ao poder.
Para
responder tais questões e esclarecer as razões da classe burguesa irei analisar
artigos através da internet, documentários e livros relacionados sobre o
assunto.
Antes
de entender a burguesia na sociedade francesa e como ela alterou seu status no
âmbito social seria interessante observar o “nascimento” dessa classe, que,
através dos tempos evoluiu a tal ponto que conseguiu atingir seus objetivos.
Feiras de troca na Idade Média |
A
burguesia surgiu na Idade Média. No sistema feudal a terra consistia como a
maior riqueza, logo a sua produção principal era inclinada a sociedade rural
(contrária ao sistema capitalista que tem como seu principal núcleo as regiões
urbanas). As cidades eram vistas como áreas secundárias na Idade Média e sendo
assim, eram submissas ao campo. Mas eram nessas áreas secundárias que se
organizavam os artesanatos (locais onde eram feitos instrumentos utilizados na
área rural). O fortalecimento desses artesanatos impulsionou o desenvolvimento
das Guildas e fomentou a atividade mercantil (que é o princípio para o acumulo
do capital). Tais atividades eram realizadas fora dos muros dos castelos e
organizadas geralmente em moldes de feiras de troca. Essas cidades onde eram
organizadas as feiras ficaram conhecidas como Burgos, logo, quem morava nessa
cidade era denominado burguês. Na medida em que o burguês começou a reunir esse
capital primórdio utilizou-o na sua produção. Esse processo viria a desenvolver
futuramente a indústria e a mobilidade do eixo rural para o eixo urbano após a
queda do sistema feudal que viria a ser substituído pelo sistema capitalista.
Fontes
da Internet:
SAVIANI,
Demerval. O Trabalho Como Princípio Educativo Frente As Novas Tecnologias. Faculdade:
UNICAMP.
DE
MELO, Vico Denis, DONATO, Manuella Riane. O Pensamento Iluminista e o
Desencantamento do Mundo: Modernidade e Revolução Francesa como marco
paradigmático. Revista Crítica Histórica, 2011, p. 248 – 263.
DALBOSCO,
Claudio Almir. O Iluminismo Pedagógico de Rosseau. Universidade: UPF.
GONÇALVES,
Bruno Tadeu Radtke, BERGARA, Paola Neves dos Santos. A Revolução Francesa e
Seus Reflexos Nos Direitos Humanos. Faculdade: FIAETPP
MONLEVADE,
Danilo. Revolução Francesa. Colégio Notre Dame de Lourdes.
DA
ROSA, Ismael Valdevino, TABORDA, Luana do Rocio, DA SILVA, Peterson Roberto. As
Transformações do Poder Político na Revolução Francesa. Universidade: UFSC.
2011.
LOWY,
Michael. Revolução Burguesa e Revolução Permanente em Marx e Engels. CNRS,
Paris, p. 129 – 151.
Fonte
do Documentário (You Tube):
SHULTZ Doug, SIO Hilary, EMIL Thomas.
The French Revolution. Produção: Partisan Pictures, History Television, Network
Productions. AGE Television Network, 2005. Reprodução: History Channel
Por: Lúcio Nunes
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