domingo, 27 de julho de 2014

A Vida Dura Nas Embarcações Europeias Para Descobrir o "Novo Mundo"

Mar Tenebroso.
Fugir da vida dura na Europa, busca de riquezas no além-mar, quitar dívidas religiosas (pagar os pecados cometidos) e com a justiça (pagar penas impostas pela coroa servindo o reino nas conquistas). Para atingir esses objetivos, os homens das embarcações deveriam vencer a fome, a sede, e diversas doenças durante essas viagens.

Em primeiro lugar, a higiene era extremamente precária. Os europeus não tomavam banho regularmente, sendo assim, o mau cheiro era quase insuportável. Os barcos sofriam infestações de pulgas e piolhos por exemplo. A separação social existente na Europa (Nobres e plebeus) não era tão rígida nas embarcações, ou seja, a viagem permitia aproximações de plebeus e nobres abrindo possibilidade para um crescimento na vida social (inclusive vários plebeus conquistaram títulos de nobreza após viagens para a coroa portuguesa).
O cotidiano de uma embarcação.
O risco de motim levava a tripulação a ser controlada por rígido controle militar. Essa tensão se devia ao ambiente apertado aos quais todos estavam “presos”. O espaço do convés era destinado ao estoque de comida, bebida, armas e munições. Os produtos comestíveis (carne vermelha, peixe seco, banha, azeite, farinha de trigo) e líquidos (barris de vinho e de água) tinham péssima qualidade e era frequente o seu apodrecimento (o vinho se tornava vinagre e água contaminada). Cada marujo possuía um baú para guardar seus pertences e dormia (revesadamente) em uma espécie de beliche de madeira. Para garantir um alimento de boa qualidade, eram transportados animais vivos nas embarcações (galinhas, porcos, carneiros, bois) o que acumulava mais condições para doenças. Além de tudo isso, as regras de etiqueta moderna não existiam entre os camaradas do alto-mar: constantemente vomitavam (enjoados pelo balanço do mar), escarravam perto da comida, arrovatam, soltavam ventos mal-cheirosos diante dos colegas de caravelas. Não existia um banheiro a bordo, então, faziam as necessidades próximos a ponta das naus ou caravelas e muitas vezes caindo no mar. Nada disso impediu que os portugueses atravessassem o Atlântico para buscar riquezas, prestígio e novas terras para a coroa.

Fontes:

http://www.revistadehistoria.com.br/uploads/docs/images/images/Abrir%20-%20IMG_1959.jpg

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsn31lHKduNwJHXf-fk__04WuGa04wcnfj1NWEmzCBZnhv2C-h3wyBy1r0SXD_kAFbk26bnjfg_CnzxwFDYIl315cM8KEcYfWuDUDbQbKru5RSXwYXMx-bQEgCbvwNnnnnjyjKJMXhLN4X/s1600/monstrosmarinhos.jpg

RAMOS, Fábio Pestana. A Dura Vida dos Navegantes. Revista de História da Biblioteca Nacional. Setembro de 2012.

Por: Lúcio Nunes

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