O presente trabalho visa apresentar o contexto na
região das minas de ouros recém-encontradas pelos bandeirantes paulistas e
consequentemente a primeira revolta do período colonial nos anos que é
denominada pela História Oficial como Ciclo do Ouro. É importante salientar uma questão: Quais
aspectos relevantes ocorreram entre o inicio do ciclo do ouro e o final da
Guerra dos Emboabas?
Julgo importante esse tema, pois, analisando-o podemos observar o motivo que
levou os bandeirantes paulistas a explorar outras regiões e encontrar mais
minas de ouro. Assim como conseguir entender por consequência da expansão
territorial da colônia brasileira para o interior do seu território. Utilizarei
como fonte de consulta alguns textos da internet.
Todo
produto que obtém primazia em uma região só será substituído ou eventualmente
erradicado se por ventura este mesmo não deter mais os lucros necessários para
a manutenção de uma classe, de uma metrópole ou de um governo.
A cana-de-açúcar encontrava-se em
decadência e a coroa portuguesa teria que buscar soluções econômicas para a
crise financeira que atravessava. Visando resolver essa questão, começou um
grande incentivo junto à população pela procura de metais preciosos. Começaram
também as incursões dos bandeirantes paulistas no interior do Brasil para
tentar atingir os objetivos traçados pela coroa. Em fins do século XVII os
bandeirantes descobriram as primeiras minas no Brasil (Entre 1694 e 1696),
consequentemente, por descobrirem a maioria dessas minas, os bandeirantes foram
recompensados e ganharam o direito de explorar primeiro as jazidas encontradas.
Com essa descoberta a coroa encontra o
que estava à procura: Uma saída econômica para a crise em que atravessava,
porém, a colônia brasileira jamais seria a mesma. Houve uma explosão
demográfica na colônia com a notícia de que havia ouro nessas terras. Vieram
colonos de diversas regiões, além de portugueses que atravessaram o Atlântico
em busca de riqueza. É necessário salientar que nos registro oficiais houve uma
massiva presença de portugueses, mas, é claro que não foram apenas portugueses
que vieram atrás do ouro, também franceses, holandeses, ingleses. Foi nesse
contexto então que eclode o primeiro conflito do século XVIII na colônia, que
ficou conhecido como “Guerra dos Emboabas”. Os bandeirantes reclamavam
autonomia nas minas por estes serem os primeiros a avistá-las e pela região
fazer parte da capitania de São Vicente. Já os colonos e europeus
recém-chegados queriam o direito de explorá-las também visando que os Emboabas
já detinham uma boa parte da população da região das minas. Os paulistas não
concordavam com tal reinvindicação, já que para eles, quem não participou da
procura pelas minas não deveria participar da exploração e consequentemente dos
lucros. Vale lembrar que o termo “Emboaba” era utilizado de uma forma
pejorativa pelos bandeirantes para com os europeus e colonos que tentavam
dominar a região das minas. Em Tupi, emboaba detém múltiplos significados,
entre eles citarei o de “Os que invadem e agridem” ou “Os que vêm de fora”.
Essa designação veio através dos bandeirantes para com os colonos que vinham de
várias regiões da colônia e para os portugueses, franceses, ingleses que vinham
da Europa.
Manuel de Borba Gato, ex-bandeirante
era o líder dos paulistas e Manuel Nunes Viana (português que veio da Bahia)
era o líder dos Emboabas.
No começo do conflito houve confrontos
esporádicos onde ocorriam mortes em pequeno número de ambos os lados, contudo,
o combate foi inevitável. Ao final do ano de 1708 os Emboabas já dominavam
cerca de dois terços da região das minas.
Manuel Nunes Viana organizou diversas
expedições para enfrentar os bandeirantes paulistas com a intenção de
enfraquecê-los.
A batalha mais sangrenta de todas foi
na região de Capão da Traição onde os Emboabas mataram mais de 300
bandeirantes.
O confronto iniciou-se em 1707 e terminou
em 1709 com a intervenção do governador do Rio de Janeiro Antônio de Albuquerque
que tirou Manuel Nunes Viana do poder, mas, manteve a estrutura administrativa
dos “emboabas”. Para a Coroa Portuguesa era muito mais interessante a
manutenção de uma administração emboaba, já que estes em sua maioria eram
colonos relativamente fiéis ou portugueses oriundos da metrópole. Já os
bandeirantes paulistas eram vistos como rudes e poderiam com o poder político
começar a reivindicar mais poder causando sérios danos a Coroa na colônia. Sem
privilégios administrativos e sem poderio para a guerra, os bandeirantes
paulistas retiraram-se da região. A maioria partiu para a região oeste onde
posteriormente encontraram ouro nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso
e Goiás respectivamente.
Em vista dos pontos destacados no texto
podemos observar as relevâncias do início do ciclo do ouro até o término da
Guerra dos Emboabas. Quando se iniciou a corrida do ouro houve uma explosão
demográfica sem precedentes na colônia, a quantidade de pessoas na região das
minas e os objetivos de riqueza que todos traziam originou a ideia de
exploração aurífera na região. Logo, quem detinha o controle Político e de
exploração da região não queria perde-los e como consequência eclodiu o conflito
dos Emboabas. Ao término da guerra podemos observar que outras regiões foram
exploradas devido à derrota dos bandeirantes no conflito. Essa saída de cena
foi à alternativa para os bandeirantes após a guerra. O Tratado de Tordesilhas
também foi “desfeito” com essa atitude dos bandeirantes: As incursões entraram
colônia a dentro indo em direção ao interior e assim os portugueses
ultrapassaram as delimitações combinadas com os espanhóis.
Fontes consultadas:
http://www.brasilescola.com/historiab/guerra-dos-emboabas.htm
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/guerradosemboabas.htm
http://www.rodrigovianna.com.br/wp-content/uploads/2012/01/GUERRA-DOS-EMBOABAS.jpg
Por: Lúcio Nunes
http://www.brasilescola.com/historiab/guerra-dos-emboabas.htm
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/guerradosemboabas.htm
http://www.rodrigovianna.com.br/wp-content/uploads/2012/01/GUERRA-DOS-EMBOABAS.jpg
Por: Lúcio Nunes
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