Hoje em dia não se faz necessário realizar um
passeio com os alunos à França para visitar o museu de Paris ou ir ao Egito
para visitar o museu do Cairo. Bastam acessar um site e ver todas as imagens
pela tela do computador, da sala de vídeo da própria escola. Os alunos terão
acesso às mesmas imagens que estão expostas nos museus referidos. A internet se
bem utilizada é uma ferramenta importantíssima para auxiliar a compreensão do
aluno.
Outro ponto que muitas vezes passa por despercebido
são as imagens em movimento. Em diversas oportunidades o aluno utiliza filmes
para a produção de trabalhos, instigados na maioria das vezes pelo próprio
professor. Em grande parte, o professor solicita resumos dos filmes, aspectos referentes ao conteúdo que está passando em sala de aula, ainda lança questões
para serem respondidas com a observação desse filme ou na avaliação final dos
conteúdos poderá fazer referências a esse filme.
Imagem do filme "Fuga das Galinhas". |
Dentro dessa proposta o mesmo aluno desenvolve o
trabalho referido e poderá memorizar o filme em movimento e também com imagens
fixas como uma fotografia. Uma possibilidade existente é o trabalho com imagens em Stop Motion (movimento
parado, ou técnica de quadro a quadro, sendo utilizada por máquinas
fotográficas ou ainda em matérias-primas como massinha de modelar como no filme
Fuga das Galinhas).
Em relação ao cinema ele é um importante recurso
didático no ensino de História, pois, ele faz uma reprodução do acontecimento
passado (claro que sobre a ótica de quem escreveu o filme, ou documentário e de
quem o produziu) e possibilita que o aluno tenha uma melhor assimilação para a construção
do conhecimento histórico e de uma consciência histórica.
Entre os fatores que levam o professor a preferir
utilizar essa ferramenta encontra-se a acessibilidade para passar esses filmes
e pela própria atração da produção (o cenário, os atores, os figurinos, a linguagem).
Ainda não há uma ampla discussão sobre o cinema
como metodologia nas aulas de história, mas, ele é muito utilizado tanto no
ensino fundamental e médio, quanto no âmbito acadêmico.
A história se modifica com o tempo, e com o tempo
abarca novos objetos de estudo, novas ferramentas de ensino, novos métodos de
aplicação de conteúdo. O cinema por sua vez, vem ganhando cada vez mais espaço
nesses aspectos.
Quando falo em imagens em movimento, refiro-me a
diversas ferramentas existentes, o cinema é sempre um agradável enlace com a
história, mas surge uma nova possibilidade muito atrativa que se utilizada da
maneira correta poderá dar pé: os jogos virtuais.
Particularmente apenas na minha formação como
professor que fui apresentado ao tema e isso me deixou profundamente balançado,
pois também sou jogador, principalmente de jogos sobre a Segunda Guerra Mundial.
A imagem propagada por um jogo de videogame ou de computador é totalmente
diferente da imagem televisiva ou de uma imagem cinematográfica, ela não espera
um envio de informações, mas sim, convida o jogador a ser o transmissor dessas
informações e consumir as mesmas ao mesmo tempo.
Manon, a protagonista em Medal Of Honor Underground. |
Em linhas gerais a história do jogo é inventada,
não tendo assim um compromisso com uma veracidade em relação aos fatos
históricos. Tal como nos filmes as narrativas dos jogos, as tramas funcionam
através das intencionalidades dos seus produtores. O que posso citar como
exemplo próprio é que a intencionalidade do jogo em certas ocasiões é
proporcionar interesse pelo tema jogado (no meu caso pela Segunda Guerra
Mundial), podendo futuramente intervir em algum trabalho ou utilizá-lo como
temática de trabalho (como estou propondo). Lembro-me que joguei pela primeira
vez o jogo Medal Of Honor Underground em
janeiro de 2001 e fiquei atônito para poder comprá-lo. Quem diria que dezesseis
anos depois essa série seria objeto de meu estudo.
Em breve trataremos da parte 3, abraço a todos.
Referências
das Imagens:
Por Lúcio Nunes.
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