segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Burguesia No Processo Revolucionário Francês (Parte 4)


A Assembléia Nacional é classificada como a primeira fase da Revolução Francesa (1789-1792). Nesse período há diversas tentativas de restabelecimento da monarquia absolutista, já que nesse momento a monarquia na França passou a ser parlamentarista (o Rei não governava politicamente). É aprovada a separação dos poderes e uma nova constituição. Os direitos feudais foram erradicados por completo. Outro fato marcante (fora a tomada da Bastilha) foi a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Uma “cartilha” contra a sociedade nobre francesa que estava estabelecida até então. Podemos observar que a burguesia queria derrubar os privilégios da sociedade monárquica absolutista, contudo, a mesma queria apenas nivelar as camadas da sociedade e com isso, jamais igualaria as coisas.
Nem o Rei da França escapou da guilhotina
Fica claro que após derrotar a monarquia a burguesia já visava uma distinção “privada” dentro da sociedade que viria a ser estabelecida na França revolucionária. Surgiram grupos políticos (divergências entre o Terceiro Estado causaram rupturas), entre estes se destacam os Girondinos (moderados, alta burguesia) e os Jacobinos (radical e pequena burguesia com influência direta dos Sans-culottes). Como foi citado (veja outras partes do texto no nosso blog) houve movimentos para restabelecer a monarquia absolutista inclusive com intervenção estrangeira (principalmente pela Prússia e Áustria), por esse motivo, o Rei foi acusado de traição e preso (por solicitar apoio estrangeiro para retomar o poder e por tentar fugir para Áustria). A Assembléia Nacional convoca novas eleições para constituir a Convenção Nacional
A Convenção Nacional (1792-1795) marca a segunda fase da Revolução Francesa. Época de grande relevância na Revolução, pois, é nela em que há o período mais radical o período do Terror (pela perseguição política do que o partido impôs na França a todos que eram contra o governo) e o Grande Medo (revolta dos camponeses para com seus senhores onde ocorreram diversos assassinatos).
Nem mesmo Luís XVI escapou da execução, acabou parando na guilhotina junto com a Rainha Maria Antonieta após serem julgados.  Aprovou-se uma nova constituição (a mais democrática em toda a Europa) e foi fundada a república jacobina. O líder dos jacobinos ou partidos da pequena burguesia (que estavam no poder nesse momento) é Maximilien Robespierre. Nessa fase a escravidão foi abolida das colônias (Haiti se tornou independente), ocorreu um tabelamento de preços (o que beneficiou as classes mais baixas) o que descontentou os girondinos. A intervenção econômica e o radicalismo descontentavam a oposição conservadora. O golpe de Termidor pôs fim à república jacobina e iniciando a terceira e última etapa da Revolução: O Diretório.

Fontes:


SAVIANI, Demerval. O Trabalho Como Princípio Educativo Frente As Novas Tecnologias. Faculdade: UNICAMP.


DE MELO, Vico Denis, DONATO, Manuella Riane. O Pensamento Iluminista e o Desencantamento do Mundo: Modernidade e Revolução Francesa como marco paradigmático. Revista Crítica Histórica, 2011, p. 248 – 263.



DALBOSCO, Claudio Almir. O Iluminismo Pedagógico de Rosseau. Universidade: UPF.


GONÇALVES, Bruno Tadeu Radtke, BERGARA, Paola Neves dos Santos. A Revolução Francesa e Seus Reflexos Nos Direitos Humanos. Faculdade: FIAETPP


MONLEVADE, Danilo. Revolução Francesa. Colégio Notre Dame de Lourdes.


DA ROSA, Ismael Valdevino, TABORDA, Luana do Rocio, DA SILVA, Peterson Roberto. As Transformações do Poder Político na Revolução Francesa. Universidade: UFSC. 2011.


LOWY, Michael. Revolução Burguesa e Revolução Permanente em Marx e Engels. CNRS, Paris, p. 129 – 151.


Fonte do Documentário (You Tube):


SHULTZ Doug, SIO Hilary, EMIL Thomas. The French Revolution. Produção: Partisan Pictures, History Television, Network Productions. AGE Television Network, 2005. Reprodução: History Channel



Por: Lúcio Nunes

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