Quem
me conhece sabe que, o blog que criei junto com minha irmã, serve para postar
histórias de diversas épocas, diversos contextos, diversas paixões.
Hoje, quando abri o jornal, não senti vontade de lê-lo. Quando entrei nas redes
sociais, tive vontade de sair imediatamente de lá. Liguei o vídeo game, mas, a
graça de jogar estava fora do ar também. Fui concluir o relatório de estágio,
porém, antes liguei a tv e acabei por cair em um episódio da turma do Chaves “Seu
Madruga Professor”. Ao final desse episódio, o professor Linguiça (quero dizer, o professor Girafales) disse que
“a base para construir um futuro melhor são as crianças”.
Seu Madruga, Kiko e Chaves. |
Concordo
plenamente com isso, e é por isso, que, quero seguir a profissão de professor.
Hoje,
tudo está sem graça. Roberto Bolaños nos deixou para atuar em outros palcos.
Esse é o motivo do meu desânimo pra tudo. Uma das nossas paixões na vida (minha
e de minha irmã) é assistir aquele menino pobre, que atende pelo apelido
carinhoso de Chavinho.
Perdi
a conta de quantas vezes eu mandei uma mensagem para minha irmã dizendo: “Já chegou o disco voador!”
Posteriormente
recebia a resposta: “CADÊ? ONDE ESTÁ? FALA LOGO, ANDA DIZ QUE SIM, VAI SIIIIIIIIIIMMMMMMM!”
Sabemos
de cor e salteado a hora que o Seu Madruga vai apanhar, que o Kiko vai chorar
ou que o Chaves vai tomar um cascudo, mas e daí? Eu dou risada até chorar
ainda.
O
menino pobre que pode ser visto em todos os cantos da América (e do mundo) foi
retratado com maestria por Chespirito. E o que falar de um super herói fora dos
padrões de coragem de Hollywood que sempre enfrentava as situações do cotidiano
com sua astúcia?
Escrevo
essas linhas tortas (e por vezes mal acentuadas), pois, aqui nesse blog,
utilizamos algumas referências trabalhadas por Bolaños em seus episódios com panos
de fundo históricos na série do Chapolin Colorado.
Chespirito
não era “apenas” quem interpretava o Chaves ou o Chapolin, ele era o criador da
maioria dos personagens das séries.
Episódio da Branca de Neve e os 7 anões. |
Como
esquecer o Riacho Molhado, o Tripa Seca, o Chinesinho, a Rosa Rumorosa, o
menino que jogava brinquedos na rua para ganhar brinquedos novos, o Poucas
Trancas, o pirata Alma Negra, o Jaiminho carteiro ou o Godinez? São tantos!
Vendo
as criações de Bolaños aprendi que algumas pessoas “se aproveitam da nobreza” e da bondade de outras (mas, não misture-se com essa gentalha).
Contudo, palma, palma, palma, não
priemos canico, pois, as pedras que caem do céu não são pedras são AÉROLITOS!
Se
nos escapam palavras para definir o que sentimos nesse momento, basta dizer: tchurin tchurin tchun fly.
A
tristeza de todos os fãs da série que Bolaños liderava é propagada com mais
intensidade, pois, ele fez parte da infância de muitissíssíssíssíssímaaaaas crianças, ainda faz, e por muitas
gerações fará.
Mas
o que importa? (COMA TORTA!). Bem, para
os que são ligadas as pequenas coisas da vida, a partida de Bolaños importa
sim.
É
isso que o Chaves passa para o público: a felicidade está nas pequenas coisas.
Apesar de todas as dificuldades, o Chaves é otimista, e é feliz (mesmo que com
pouco e zás, e zás, e zás).
É muita barriga
senhor tristeza
(digo, muita tristeza senhor Barriga E
Pesado), mas, essa pancada não doeu apenas no senhor.
Termino
esse breve texto com as palavras ditas por Bolaños quando o Canal Bio fez sua
biografia:
Eu que ia chegando
tranquilo ao final da minha vida terrena, comecei a duvidar: será que não há um
refúgio para a alma? Que morrer é deixar de existir? Será que a existência não
tem a transcendência que me fizeram acreditar? Não, isso não. Por favor, eu com
meu livre arbítrio me atrevo a dizer: Deus deve haver um erro e me perdoe
Senhor se com isso te incomodo, entretanto, de algum jeito preciso falar: não
me venha falar que aqui acaba tudo. (BOLAÑOS, 2012)
O homem não é eterno, mas, produz histórias
eternas. Vai em paz, Gênio! #IssoIssoIsso
Fontes:
Por: Lúcio Nunes