O
Diretório (1795-1799) foi de certa maneira uma contrarrevolução (e a última
fase da Revolução). Os Girondinos (alta burguesia) assumiram o poder e
modificaram as ações dos jacobinos. Restabeleceram a escravidão, modificaram a
medida de tabelamento dos preços e elaboraram uma nova constituição (elegendo
um diretório para executar o poder executivo formado por cinco pessoas e
modificado a cada cinco anos). Houve uma perseguição aos jacobinos, denominado
Terror Branco. Mas, apesar de tomarem o poder, os girondinos encontravam forte
oposição pelos próprios jacobinos e pelos monarquistas. Nesse período a França
encontrava-se em guerra (contra a Espanha, a Prússia, a Inglaterra) e
destacava-se certo general que atendia pelo nome de Napoleão Bonaparte. Com as
guerras a França sofria uma grande inflação consequentemente haviam revoltas
populares devido a crise econômica. Pelo que já foi citado percebe-se a grande
instabilidade política que sofria o governo do Diretório. A burguesia viu na
figura de Napoleão (que era muito prestigiado pelo povo) a saída perfeita para
realizar a sua manutenção no poder. Napoleão realiza o golpe que ficou
conhecido como 18 Brumário depondo o Diretório, chegavam ao fim a Revolução
Francesa e consolidava-se o poder político e econômico nas mãos burguesas.
Conclusão:
Em
vista dos pontos destacados no texto procurei apontar o caminho trilhado pela
burguesia para chegar o poder na França. Vimos alguns aspectos relevantes no
período pré Revolução incluindo as divergências entre a burguesia e o Estado
Absolutista que resultou em uma total aversão entre a burguesia e a monarquia.
O modelo ideológico criado para tentar modificar radicalmente a sociedade.
Durante a Revolução a Francesa houve particularidades que jamais ocorreu em
outro movimento até então. Iniciou-se uma espécie de nacionalismo primitivo, o
poder foi desde o extremo radicalismo até mesmo ao caráter
contrarrevolucionário. Napoleão foi a saída para a burguesia não perder o controle
da situação. A Revolução triunfou e não
pelo fato em si de ter derrubado as paredes da monarquia absolutista e varrido
qualquer resquício de sociedade feudal ainda incrustado na sociedade francesa,
mas também, por servir de modelo para o mundo que, sim, se houver mobilização
em torno de uma causa é possível realizar uma Revolução.
Fontes da Internet:
SAVIANI, Demerval. O Trabalho Como Princípio Educativo Frente As Novas Tecnologias. Faculdade: UNICAMP.
DE MELO, Vico Denis, DONATO, Manuella Riane. O Pensamento Iluminista e o Desencantamento do Mundo: Modernidade e Revolução Francesa como marco paradigmático. Revista Crítica Histórica, 2011, p. 248 – 263.
DALBOSCO, Claudio Almir. O Iluminismo Pedagógico de Rosseau. Universidade: UPF.
GONÇALVES, Bruno Tadeu Radtke, BERGARA, Paola Neves dos Santos. A Revolução Francesa e Seus Reflexos Nos Direitos Humanos. Faculdade: FIAETPP
MONLEVADE, Danilo. Revolução Francesa. Colégio Notre Dame de Lourdes.
DA ROSA, Ismael Valdevino, TABORDA, Luana do Rocio, DA SILVA, Peterson Roberto. As Transformações do Poder Político na Revolução Francesa. Universidade: UFSC. 2011.
LOWY, Michael. Revolução Burguesa e Revolução Permanente em Marx e Engels. CNRS, Paris, p. 129 – 151.
Fonte do Documentário (You Tube):
SHULTZ Doug, SIO Hilary, EMIL Thomas. The French Revolution. Produção: Partisan Pictures, History Television, Network Productions. AGE Television Network, 2005. Reprodução: History Channel
Fonte da Imagem:
Por: Lúcio Nunes